São Paulo, 6 de maio de 2019
Declaração do Secretário e do Presidente do PD Brasil, Fabio Porta e Andrea Lanzi
“Com a discussão sobre a proposta de reforma constitucional que prevê uma adicional humilhação dos direitos dos italianos no exterior, prevista para a próxima terça feira na Câmara dos Deputados, estamos frente ao enésimo ato hostil deste governo contra os italianos no mundo”.
“Após a exclusão da renda de cidadania e da ‘quota 100’ para as aposentadorias, os cortes no orçamento e a maior dificuldade em se obter a cidadania por matrimonio, após as ambiguidades em relação à Venezuela e a ausência de resultados quanto a redução das longas esperas para os pedidos de cidadania ’ius sanguinis’, essa medida confirma o real pensamento, da maioria que apoia o governo, para os italianos no exterior”
“Não somos contrários à redução do número de parlamentares, mas consideramos que o número total dos eleitos no exterior já estava muito abaixo da relação eleito/eleitor em 2001, quando foi aprovada a reforma constitucional que permitia o voto ativo e passivo dos italianos no mundo”.
“Hoje, o número de italianos residentes no exterior dobrou, inclusive em razão da nova mobilidade dos jovens italianos além do grande número de pedidos de cidadania, o bom senso deveria indicar se não um aumento dessa representação, pelo menos a sua manutenção nos números atuais.”
“Tudo isso acontece mais uma vez no silêncio resignado e cúmplice do MAIE de Riccardo Melo, que não disse uma palavra e não mexeu um dedo contra uma proposta que vai contrária a todo o mundo da emigração, do Conselho Geral dos Italianos no Exterior e toda a rede do associacionismo (à qual o MAIE, ainda que só em palavras, ainda faz referência)”.
“O Partido Democrático do Brasil expressa sua contrariedade a essa proposta e denuncia a absoluta falta de respeito e reconhecimento dos partidos que apoiam o governo italiano em relação à grande coletividade italiana no mundo que constitui, ainda hoje, um patrimônio a ser valorizado e não um reservatório de votos a ser espremido quando conveniente e abandonado quando se está no governo”.