Respondendo a um detalhado e circunscrito questionamento meu, apresentado após o protesto de centenas de compatriotas italianos residentes no Uruguay e de repetidas manifestações organizadas em Montevideo por representantes de nossa grande coletividade, o Ministério das Relações Exteriores respondeu que o quadro que surge desse Consulado “é positivo e que se observa um aumento dos serviços prestados a favor da coletividade”. Tomemos nota da resposta oficial e nos desculpemos com os muitos italianos que, provavelmente tomados por alucinações ou entusiasmados por um estéril e inútil ânimo polêmico, quiseram manifestar de diversas maneiras sua intolerância quanto às longas esperas, o mal funcionamento do serviço Prenotami e o aumento dos oportunistas que estariam se aproveitando de tudo isso, vendendo “lugares” e lucrando em cima da boa fé dos nossos compatriotas. Manifestações cobertas pelos maiores jornais locais, que dedicaram páginas inteiras a essa insatisfação, refletindo, eles também, esse desconforto persistente.
Isso não existe, para os funcionários do MAECI ou para o inefável Embaixador Iannuzzi (que justamente nestes dias recebe uma inspeção enviada justamente pelos seus superiores da Farnesina): de acordo com a resposta do governo, a sede Consular de Montevideo melhorou a sua “funcionalidade organizacional” e é uma das sedes no mundo com maior número de funcionários. Portanto, por que reclamar?
Não esperaremos de nossa administração pública uma simples “defesa oficial” de suas estruturas e isso justamente por que queremos ajudá-la a melhorar o seu desempenho, principalmente quando se encontram em confronto com situações complexas; nesse sentido, teríamos entendido uma resposta que, ao indicar algum elemento positivo, tivesse tido o bom senso de não esconder a cabeça na areia, ou – pior ainda – ignorar o pacífico protesto dos compatriotas ou as reportagens não patrocinadas da mídia de massa. Infelizmente, em Montevideo, vigora ainda a “lei de Iannuzzi”: censura e olhos fechados, sempre e em qualquer situação.
Fonte: Assessoria de Imprensa Deputado Fabio Porta