De um governo de centro-direita liderado pela dirigente do Fratelli d’Italia, o partido que, orgulhosamente, reivindica a o legado do pensamento de Mirko Tremaglia e seu compromisso com os italianos no mundo, esperávamos, sinceramente, mais, muito mais.
Mais ainda nas declarações programáticas da Presidente do Conselho no Parlamento, onde se limitou a um aceno formal e incidental às nossas coletividades com relação á promoção da língua italiana no exterior.
Mais ainda na composição do executivo: nada de Ministério para os Italianos no Mundo, a principal promessa anunciada em campanha eleitoral pela coalisão de centro-direita a todos os cantos do planeta. O retorno desse ministério teria representado a principal descontinuidade entre o novo governo e os precedentes, a demonstração da centralidade que teria nossos compatriotas do exterior no novo executivo.. A quem, como nós, indicava que teria sido preferível, a um Ministro sem pasta e sem poderes, um Vice Ministro com poderes e recursos, a propaganda da direita respondia dando de ombros.
Chegou então a vez da nomeação dos Vice Ministros e sub Secretários; a ausência do Ministro para os Italianos no Mundo poderia ter sido suprida com a indicação de um eleito no exterior ou, pelo menos, um político experiente no assunto. Não foi feita nem uma coisa nem outra pelo atual governo.
Esperamos então a indicação das responsabilidades por parte do Ministro das Relações Exteriores; pensávamos que, uma vez que desapareceu a ideia do Ministério, a responsabilidade pelos italianos no mundo viesse atribuída ao único Vice Ministro e, contrariamente, nada foi feito também esta vez: Foi atribuída ao Sub Secretário Filli a responsabilidade pelas políticas relativas aos italianos no mundo, juntamente a muitas outras, como os direitos humanos, o Conselho da Europa e da América Central.
Se os primeiros passos do executivo não pareceram particularmente promissores, igualmente decepcionante foi o início da atividade legislativa do governo e da maioria que o apoia. A primeira medida que chegou ao Parlamento, o chamado decreto “Aiuti Quater” reservou a primeira amarga surpresa para os italianos residentes no exterior. Aos italianos no mundo será de fato negado o direito de se vale do bônus construção para as casas de propriedade na Itália, criado graças à iniciativa do PD na legislatura anterior e que vem agora eliminado pelo novo decreto que limita essa vantagem somente às residências principais (e, portanto, não às casas onde se reside no exterior).
A ausência de uma particular atenção do novo governo sobre as questões dos italianos no exterior foi então confirmada pela falta de convocação do Conselho Geral dos Italianos no Exterior por parte de seu Presidente, o Ministro das Relações Exteriores. Há quase dez meses, o mais importante dentre os organismos de representação dos italianos no mundo.