A união é a força da maior coletividade de descendentes de italianos do mundo.
As eleições são o sal da democracia; pobre aquele povo ou aquele País que não pode votar para eleger democraticamente seus próprios representantes. Na Itália, o recurso das eleições antecipadas está previsto no nosso ordenamento constitucional, e muitas vezes os Presidentes da República recorreram a ele.
O que não é moralmente admissível, pelo menos para mim, é provocar uma crise de governo e, portanto, o recurso às urnas por um mero cálculo eleitoral ou interesse partidário. Legítimo, mas irresponsável e perigoso. Sobretudo se a poucos meses da aprovação de uma importantíssima lei orçamentária, enquanto se está gestando uma delicadíssima operação de utilização de recursos únicos e irrepetíveis como os do PNRR, durante o ressurgimento da pandemia e no curso de uma desastrosa guerra no coração da Europa.
A centro-direita, o Movimento 5 estrelas e o MAIE não tiveram nem ao menos a coragem de dizer NÃO; preferiram não participar da votação, fugindo de suas responsabilidades e provocando a crise. Os italianos, na Itália e no mundo, não merecem ser tratados assim.
É por isso que também estaremos em campo nas próximas eleições, de cabeça erguida e ao lado dos eleitores, não de interesses pessoais ou partidários.
A união da comunidade italiana do Brasil é a única maneira, a única condição para confirmar a presença desta grande comunidade, a maior comunidade de ítalo-descendentes do mundo no Parlamento italiano.
Por isso temos que superar divisões, vaidades, qualquer tipo de inveja e rivalidade para somar as nossas forças e pensar o quão grande é a história da nossa imigração no Brasil.
Da união se faz a força. Somente unida, a comunidade italiana do Brasil poderá confirmar a própria presença no Parlamento italiano. Unidos estaremos fortes, unidos venceremos.
Fabio Porta é Senador da República Italiana, eleito pelo Partito Democratico (PD), na Circunscrição América do Sul. Sociólogo, foi deputado por duas vezes, no Parlamento Italiano, representando os cidadãos italianos residentes na América do Sul. Preside o Patronato Ital-UIL Brasil (São Paulo – Brasil) e a Associazione Amicizia Italia-Brasile (Roma – Itália); é vice-presidente do Istituto per la Cooperazione con Paesi Esteri – ICPE (Bari – Itália) e da Associação Focus Europe (Londres – Reino Unido). É autor de numerosos artigos e publicações, em jornais italianos e estrangeiros.