Roma, 28 de outubro de 2016
A nova atenção que este governo está tendo em relação aos italianos no mundo encontra importantes constatações de comprovado valor estratégico como o da promoção da língua e da cultura italianas. O envolvimento positivo do Congresso sobre a Língua Italiana no Mundo, realizado este mês em Firenze, representa um sinal inequívoco seja das intenções do governo nesse campo que das notáveis potencialidades que o sistema educacional italiano pode apresentar. Contanto que se faça um esforço para uma maior abertura e para o diálogo com os sujeitos que no exterior deram prova de qualificação cultural, de profissionalismo, de eficácia didática e de eficiência operacional.
O próprio Presidente do Conselho, durante o Congresso, anunciou um compromisso extraordinário em apoio à língua e cultura italianas no exterior, quantificando em 50 milhões de euros que, nos tempos em que vivemos, representam uma escolha quase inesperada.
A recuperação previsível, no Ajuste de 2016 de 2,6 milhões de euros para os cursos de língua e cultura constitui, por sua vez, um ato concreto e focado igualmente significativo de uma vontade política inequívoca. Acrescenta-se agora a isso o compromisso de reintegrar em 6 milhões o capítulo do orçamento para os cursos de língua e cultura dos entes gestores. Um compromisso claramente expresso pelo Sub Secretário Amendola na apresentação do Governo ao Conselho de Presidência do CGIE e enfatizado, mediante nossa solicitação, pelo Secretário da Farnesina, Belloni, na audiência realizada na Comissão do Exterior da Câmara.
A Itália está passando por grandes emergências, como a do terremoto e a da chegada dos imigrantes, que nos induzem ao dever de empenhar importantes recursos para enfrentar essas complexas e dolorosas eventualidades. Nesse cenário de problemas tão difíceis, a prioridade que este Governo e esta maioria dão à língua e à cultura italianas no mundo é uma orientação cujo significado não tem necessidade de palavras para ser explicado e valorizado.
A chegada da Lei de Orçamento para 2017 no Parlamento permitirá garantir essa escolha e intervir, no limite do que for objetivamente possível, para tornar orgânicas as intervenções e eventualmente melhorar a situação.
Em vista dessa importante passagem, convidamos todos os eleitos no exterior, as representações e as forças vivas que atuam entre os italianos no mundo a superar as polêmicas e as divisões artificiais e a convergir, como nossas comunidades nos peçam que façamos, para os objetivos comuns, começando pelos cursos de língua e cultura dos entes gestores, que asseguram um serviço insubstituível a cerca de 300.000 estudantes. É isso que nossas comunidades pedem que façamos, em prol dos italianos no mundo e, antes de tudo, do próprio País.
Os Deputados do PD do exterior: Farina, Fedi, Garavini, La Marca, Porta, Tacconi